Por Célia Laborne
É comum algumas pessoas se queixarem ou até se revoltarem porque precisam trabalhar. Há gente sonhando com o dia que não precisam mais trabalhar. Entretanto, o trabalho pode ser chamado de uma forma de oração e um fator de equilíbrio.
O trabalho bem feito cria um ritmo benéfico de saúde e alegria. A boa qualidade do trabalho exterioriza harmonia e beleza, pois cada tarefa, por mais humilde que seja, contem o germe da criatividade.
Deveríamos ter profunda gratidão por tudo que possuímos, pois tudo é fruto do trabalho de alguém. O trabalho nos ensina o controle, a paciência, o aperfeiçoamento interno, ou seja, a evolução.
Um instrutor oriental diz que depois de trabalhar o homem estará melhor e mais tolerante.
Um grande aperfeiçoamento pode ser conquistado através do trabalho bem feito. E um país só se redime e cresce pelo trabalho do seu povo, não pela simples troca de sistema, de homens e de leis. No labor correto reside o crescimento. E a criação do bem no mundo deveria ser natural e principal ocupação dos homens.
O homem não pode buscar apenas vantagens através de seu trabalho ou sua habilidade, em ganhar dinheiro. O trabalho útil e a boa ação, por si só já asseguram o equilíbrio físico e mental ao homem.
É realmente um absurdo pensar-se que a inatividade ou o desperdício de tempo sejam caminhos melhores ou mais fáceis de vida. Através deles não se consegue grande coisa na vida.
Através dos séculos, a humanidade criou mil conceitos falsos de progresso e de bem estar, afastando-se, geralmente, da fonte harmoniosa da evolução. A dimensão superior, a vida mais elevada é conquistada através do trabalho equilibrado e não da inatividade.
O dinheiro fácil, os prazeres efêmeros, os desvios do caráter teceram véus espessos sobre os claros caminhos inicialmente previstos para a humanidade. Hoje o povo teleguiado por mil modernismos não reconhece mais suas metas e valores mais altos e os troca por qualquer vistoso prato de lentilhas que lhes ofereça em colorida embalagem. Agora, poucos reconhecem os fundamentos básicos de sua origem e seu destino e os confunde, facilmente, com plumas e lantejoulas artificiais.
O afastamento progressivo das leis universais, amorosas e fraternais e a incapacidade de purificação da mente, criaram carências, precariedades e poluições, em nível jamais visto pela humanidade. A inversão dos valores eternos reduziu a maioria dos homens a seres semiplanejados e conduzidos por seu egoísmo, sua vaidade, sua ganância e sua quase total ignorância de como sair realmente dessa condição mundial que a cada dia mais se agrava.
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