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sábado, 11 de outubro de 2008

A crise no Tio Sam

A crise Americana é facilmente entendida pelos leigos pela explicação que corre na Internet com o sugestivo título de “Bar do Biu”. Se você não viu, é o seguinte.

“O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça ‘na caderneta’ aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito).

O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivosde bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bebuns da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia desmorona.”

A lambança feita de alguns bilhões de dólares de créditos podres transferidos a terceiros sobrou para o mundo todo.

Na realidade, o que está acontecendo ninguém sabe. O que é certo é que os ativos estão perdendo valor. E investidores em pânico correm para a bolsa que nem uma manada louca vendendo seus papéis com medo de ver seu dinheiro virar pó.

Se você tem papéis na bolsa, verifique se há volumes significativos de compra. Se há é claro que tem gente comprando na baixa; se os volumes são pequenos é porque tem gente precisando urgentemente de vender e não tem investidor para comprar.

Se você aplicou dinheiro já anteriormente compromissado, pode saber que a vaca foi para o brejo. Se o seu dinheiro aplicado não te faz falta, nesta hora, é preciso sangue frio e o melhor é nada fazer. Já os investidores abonados, estes sim, chegou a hora de aproveitar a oportunidade melhor para comprar. Para estes, realmente, a água vai para o mar. Mas será mesmo? Esta crise é atípica, nunca aconteceu, os tempos também são outros e o mercado não é o mesmo. Os governos estão preocupados com o desenrolar pois não têm bola de cristal.

Ninguém sabe ao certo o que pode acontecer e aí aparecem os cavaleiros do apocalipse, os profetas de plantão, os palpiteiros natos, economistas ou não, aparecendo em rádio e televisão, em blogs também, sobrando até para mim, para dar opinião.

Vamos devagar com o andor. Os Estados Unidos não vão falir, a Europa não vai acabar, o Brasil já esteve em situação pior para enfrentar uma crise e certamente, o Bar do Biu vai reabrir e não vai negociar seus créditos por algum tempo.

Depois do terremoto, a poeira abaixa, os consertos são feitos e o tempo apaga. O assunto vira história e a vida continua. Até o próximo “Biu”, pois assim caminha a humanidade!

Um comentário:

Anônimo disse...

A crise Americana se da a vinganca de Bush contra Sadam, ele se esqueceu da economia por causa de ganancia em relacao ao petrolio, achando que se matasse a Sadam ele ficaria com o petrolio, mas dancou e nos ferrou com seu jogo de guerra matando centenas de soldados e nos deixanto a beira da falencia nacional.
ABAIXO BUSH E SUA ARROGANCIA!!!!