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domingo, 23 de agosto de 2009

Nós e a Praça da Liberdade


Por Célia Laborne
Tenho lido e ouvido na mídia que a Praça da Liberdade está transformando-se num núcleo de Cultura e arte para todo o povo.
Não posso deixar de me alegrar com o fato, e relembrar que nossa vida, e esta Praça, estão intimamente ligadas, pois desde os dois anos, e até a maturidade sempre moramos a um quarteirão da Praça da Liberdade, à rua Prof. Antônio Aleixo.
Aos quatro ou cinco anos já “frequentava” a última das secretarias ali construídas, a Secretaria do Interior, onde meu avô Arthur Furtado era um dos diretores e, por vezes levava-me durante o seu expediente da tarde. Colocava seu ordenança incumbido de me dar lápis e papel para me distrair enquanto ele despachava.
O que mais me incomodava era o elevador; o primeiro que conheci, parecendo uma gaiola de ferra subindo e descendo. Era emocionante aos meus olhos infantis.
Depois, no início da juventude, conheci o interior do Palácio quando, como nadadora do Minas Tênis Clube, a natação minastenista ganhara mais um campeonato do Rio e de São Paulo dirigida pelo excelente técnico Carlos de Campos Sobrinho.
Fomos recebidos pelo Governador Benedito Valadares, o que foi uma honra para todos: atletas, diretores e técnico.
Foi também com o Minas Tênis que participei da primeira Parada Militar de 7 de Setembro, que passava em frente ao Palácio. Com os macacões do Minas Tênis, fizemos parte do desfile, a partir da Rua da Bahia – pois o sol estava quente.
Mais adiante, frequentava por alguns anos o famoso “footing” dos domingos na Praça da Liberdade, onde moças e jovens andavam ou namoravam em suas alamedas.
Saí da Rua Prof. Antônio Aleixo – que no meu tempo chamava-se Rua Emboabas – e passei muitos anos na Cidade Jardim com meus pais. Hoje, estou de volta aqui e vejo, com tristeza o estado em que se encontram os passeios da Antônio Aleixo, da Rua da Bahia até a Rua Espírito Santo. Se o Sr. ilustre governador fosse pé do Palácio a casa de seu, não menos ilustre pai, ficaria horrorizado. Do lado do Minas Tênis é o contrário. Do meio do quarteirão até a esquina da Rua Espírito Santo é um remendo só. Vergonha para o Clube tão bem tratado.
Mas com tudo isso damos os parabéns a continuação de melhorias que estão sendo realizadas na “nossa” Praça de hoje e sempre. Só a Rainha da Sucata é uma aberração no conjunto tão artístico e bem cuidado...

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