Caro leitor. Este blog exprime a liberdade de opinião. Seus comentários sobre os assuntos publicados poderão ser divulgados. Participe!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

CACCIOLA - De volta ao Brasil e para a prisão

O ex-banqueiro Salvatore Cacciola está chegando ao Brasil, amanhã, dia 17 de Julho. Como se sabe, Cacciola foi condenado à revelia a 13 anos de prisão, pelo rombo de 1,5 bilhão de reais que o Banco Marka deu aos cofres públicos. Cacciola fugiu para a Itália, há oito anos atrás, onde de lá não poderia ser extraditado para o Brasil.

Num fim de semana, Cacciola seguiu até a aprazível Mônaco, quando a justiça brasileira, solicitou a este principado, a sua imediata detenção e extradição para o Brasil. Após a burocracia de praxe entre os dois países, o Príncipe Albert, a quem em última instância poderia decidir sobre o destino do ex-banqueiro, concedeu a extradição.

Mas ao chegar ao Brasil, o ex-banqueiro não será algemado, segundo negociação feita entre os advogados e a Policia Federal. Será mesmo? Agora a discussão de pano de fundo é saber se suspeito rico deve ou não ser algemado. Segundo o presidente do Supremo Gilmar Mendes, no caso de Daniel Dantas, não. Mas gostaria de perguntar ao Ministro Gilmar Mendes se essa regra seria válida também para o suspeito de afanar as galinhas do alheio. Se sim, estaríamos diante de total igualdade de direitos aos cidadãos do país.

Pessoalmente, acho que algemar e colocar o suspeito de cometer crimes no compartimento de carga dos veículos da policia, acho um desrespeito ao cidadão (que até prova em contrário é inocente). O ideal é colocar o suspeito na parte de trás do automóvel, separado por grade do banco da frente e só utilizar as algemas se resistir à a prisão, ou se o "elemento", no jargão policial for um sujeito violento contumaz.

Mas a pergunta que se faz é: o ex-banqueiro Cacciola, criminoso de colarinho branco, cumprirá integralmente a pena de 13 anos? Bem esta é outra estória, pois a lei é branda, possivelmente haverá redução de pena por bom comportamento e outras benesses. Assim com alguns anos passados na cadeia, ele sairá e gozará da riqueza surrupiada dos cofres públicos. Será?

Nenhum comentário: