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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Coisas dos Anos Dourados - Devas e fadas


Por Célia Laborne Tavares


Você crê em fadas? Nos gênios da natureza que comandam a floração do campo e o ritmo das chuvas e ventos? Abra-se ao maravilhoso.
Aqui, há fadas leves em noites fantásticas. Há gnomos percorrendo os bosques e vigiando as árvores ou fertilizando o solo. Vêem-se salamandras nas chamas ondulantes e ondinas nas águas transparentes. Em tudo cores luminosas, movimento de dança, caminhos povoados, mistérios no ar. Há sílfides na brisa destas tarde mornas.
Você crê em devas?
Aqui, devas tomam forma e fadinhas voam com asas transparentes, perfumes exalam-se... Serão os elementais?
Os signos da Terra são ligados aos gnomos e os do ar comunicam-se com as sílfides. Signos da água transam com sereias e os do fogo contatam salamandras. Você conhece este mundo paralelo?
As telas pintadas pela artista Estergilda, durante certa fase, falavam assim, de segredos, que as lendas perpetuam e os videntes de todos os tempos confirmam, enquanto sensitivos sonham sonhos difíceis de se narrar, vivências claras.
Comunica-se com os devas e fadas através do som e da cor, através do carinho e da antena ligada no mundo deles, através de tintas, pincéis e notas musicais. Cada pico ou montanha, cada bosque ou lago, rio, cachoeira, casa ou jardim, tem seu guardião, seus devas, seus elementais. E é neste mundo paralelo que Estergilda se instalou, captando movimentos e formas e nos revelando o ainda irrevelado. Ela é o filtro mágico que nos permite ver o sutil, ou nos desperta a intuição.
Então, somos novamente crianças e crentes, ouvintes e videntes, telepatas recém-formados, numa terra de gnomos e fadas, pois arte é muito isto, dar forma ao etéreo, ao pressentido, ao sonhado, é reforçar a lenda até que a ciência a alcance em definitivo e ninguém mais duvide.

(texto escrito por ocasião da apreciação de Célia às telas da artista Estergilda em BH)

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