
Por Célia Laborne
Os brasileiros têm fama de ser um povo sem a menor preocupação com a economia, a não ser premido pela necessidade. E quem já conviveu no exterior com estrangeiros reafirma o mesmo. Brasileiro não pensa em economia. E o mal do desperdício piora a situação do País ainda em desenvolvimento.
Percebe-se que a falta de senso econômico toma conta de quase todos os ambientes: dos objetos e posses pessoais, aos pertences da casa, das empresas, no serviço público, nos ambientes coletivos, etc.
Nos lares os próprios filhos – mesmo em casas modestas – não são ensinados a serem econômicos, nem são cobrados em sua falta de ordem e desperdício. Empregados e funcionários, desde os mais caseiros aos profissionais, dos mais humildes aos mais qualificados, geralmente não se empenham em trabalhar e usar os materiais de seu local de serviço com ordem e economia.
Ninguém valoriza também o tempo alheio. Todos têm pressa, mas nunca se importam de deixar as pessoas nas filas ou nas salas de espera, por horas seguidas.
O que quase ninguém sabe ainda é que há uma lei universal – sempre atuante – justa e perfeita que tudo rege e que faz com que toda causa determine um efeito correspondente. Nada é do homem, tudo é do universo. Propriedades, bens materiais, energia, água, minerais, vegetais e animais, filhos, empresas e utensílios, tudo é da vida universal. Tudo é móvel e colocada ora aqui, ora ali, ora em umas mãos ora em outras, para que se mantenha o equilíbrio cósmico.
Aquele que usa ou desperdiça e destrói indevidamente, provoca algum tipo de carência em si mesmo ou em seu ambiente, encontra, cedo ou tarde a lei da compensação que vai restabelecer a harmonia quebrada, o uso ou abuso indevido.
Quem começa a observar e compreender esta lei de justiça e reajuste, quem vê que seu mecanismo é justo, sempre evita cobranças futuras, sempre se lembra de agradecer o que tem e o meio em que vive, sempre usa tudo com equilíbrio sem avareza e sem desperdício e assim progride em tudo com maior segurança e estabilidade em suas conquistas.
2 comentários:
Célia, Sou admiradora de seus textos no EM há muitos anos, mas não posso deixar de discordar da generalização. Certamente entre os brasileiros há pessoas (incluindo você e eu) com comportamento consciente e econômico.
Cara leitora.
Certamente, existem exceções, mas hoje mais do que antes ainda presenciamos muito desperdício. Apesar das políticas implementadas para a absorção do lixo pela reciclagem, há muito que se fazer.
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